Após ter lutado três vêzes contra uma neoplasia malígna(câncer) , decidi criar um espaço onde poderia falar sôbre esta doença, que devagarinho chega em sua vida, sem ao menos mostrar algum sinal

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Terapia ativa sistema imune para atacar tecidos ao redor do câncer de pâncreas

Equipe de pesquisa espera que descobertas possam conduzir a um desenvolvimento mais rápido e barato de droga anti-câncer.

                                  
Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriram uma forma de tratar o câncer de pâncreas impulsionando o sistema imunológico.
A estratégia foi testada em um grupo pequeno de pacientes com câncer pancreático avançado, muitos dos quais demonstraram redução substancial do tumor. A equipe acredita que suas descobertas podem conduzir a um desenvolvimento mais rápido e barato de uma droga anti-câncer.
"Até esta pesquisa, achávamos que o sistema imunológico tinham que atacar o câncer diretamente, a fim de ser eficaz", disse o autor sênior Robert H. Vonderheide. "Agora sabemos que não é necessariamente assim. Atacar os tecidos densos em torno do câncer é uma outra abordagem. Finalmente, o sistema imunológico foi capaz de corroer este tecido em torno do câncer e os tumores desmoronaram como resultado dessa ação. Estes resultados fornecem uma nova introspecção para criar terapias imunológicas inéditas contra o câncer."

O estudo
Para o ensaio clínico, pacientes com câncer pancreático receberam quimioterapia padrão gemcitabina com um anticorpo experimental.
O anticorpo se ligou e estimulou um receptor da superfície celular chamado CD40, que é um regulador chave da ativação de células-T. A equipe inicialmente acreditava que os anticorpos CD40 ativavam as células T e lhes permitia atacar o tumor.

O tratamento funcionou com alguns pacientes, reduzindo substancialmente o tamanho dos tumores e reduzindo sua atividade metabólica após a terapia, apesar de todos os pacientes que responderam terem tido, eventualmente, uma recaída.
Quando os pesquisadores analisaram amostras tumorais pós-tratamento, obtidas através de biópsia ou remoção cirúrgica, não havia células T para serem vistas. Em vez disso, eles viram uma abundância de outro glóbulo branco conhecido como macrófago.
Para entender o que estava acontecendo nos tecidos destes pacientes, os pesquisadores se voltaram para um modelo de rato com câncer de pâncreas desenvolvidos na universidade.
Quando os pesquisadores trataram esses ratos que desenvolveram câncer de pâncreas com gemcitabina em combinação com os anticorpos CD40, o resultado foi parecido com o do teste em humanos. Alguns tumores encolheram e estavam carregados de macrófagos, mas continham poucas ou nenhuma célula T. Uma inspeção mais detalhada mostrou que os macrófagos estavam atacando o que é conhecido como o estroma, o tecido de suporte ao redor do tumor. Os tumores do pâncreas secretam sinais químicos que atraem os macrófagos ao local do tumor, mas, se deixados à sua própria sorte, esses macrófagos protegeriam o tumor.
No entanto, tratar ratos com anticorpos CD40 parecia virar esse sistema de cabeça para baixo. "É algo como um " Cavalo de Tróia"" , explicou o autor sênior do estudo, Robert H. Vonderheide. "O tumor ainda está chamando nos macrófagos, mas agora usamos o receptor CD40 para reeducar os macrófagos para atacar - e não promover - o tumor."
Os pesquisadores acreditam que os anticorpos CD40 também ativam as células T dos camundongos, no entanto, elas não podiam entrar no tumor ou em seu tecido circundante.
"Descobrimos que as células T têm um grande problema com a migração em tumores, e isso pode ser um problema específico para câncer de pâncreas", disse Vonderheide. "A área circundante ao câncer de pâncreas é muito densa, fibrosa e hostil. Esta é uma das razões principais para o insucesso de terapias padrão para esta doença."
Os pesquisadores agora estão trabalhando em maneiras de capitalizar a sua nova informação, testando formas de aumentar a resposta dos macrófagos e colocar células T dentro do microambiente do tumor.
Vonderheide acredita que sua equipe pode acelerar a investigação clínica, executando ensaios-pilotos em camundongos para testar a terapia potencial. Depois que eles compreenderem as respostas nos ratos, então eles podem usar essas informações para o melhor projeto de testes em humanos.

Saiba mais visitando o site  http://www.isaude.net/

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