O que é câncer
infantil?
Câncer
infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a
proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer
local do organismo. As neoplasias mais freqüentes na infância são as leucemias
(glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema
linfático). Também acometem crianças o neuroblastoma (tumor de gânglios
simpáticos), tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (tumor da retina do
olho), tumor germinativo (tumor das células que vão dar origem às gônadas),
osteossarcoma (tumor ósseo), sarcomas (tumores de partes moles). Diferentemente
do câncer de adulto, o câncer da criança geralmente afeta as células do sistema
sangüíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que o do adulto afeta as células
do epitélio, que recobre os diferentes órgãos (câncer de mama, câncer de
pulmão).
No
adulto, em muitas situações, o surgimento do câncer está associado claramente
aos fatores ambientais como, por exemplo, fumo e câncer de pulmão. Nas
malignidades da infância não se observa claramente essa associação. Logo,
prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce.
Quais os principais
tratamentos?
No
tratamento pode ser usado a quimioterapia (o câncer infantil é mais sensível à
quimioterapia, a principal arma contra a doença), radioterapia, cirurgia e o
transplante de medula óssea (usado em alguns caso de leucemia, linfomas e
tumores sólidos). A criança reage melhor ao tratamento e apresenta menos
efeitos colaterais.
O progresso
no desenvolvimento do tratamento do câncer na infância foi espetacular nas
últimas quatro décadas. Atualmente, 70% das crianças acometidas de câncer podem
ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros
especializados. A maioria dessas crianças terá vida praticamente normal.
Porém,
viver uma vida normal durante o tratamento e depois da alta, implica na
re-inserção do paciente em seu meio social e, em se tratando de crianças e
adolescentes em idade escolar, no seu retorno ao ambiente escolar.
Infelizmente, a volta à escola apresenta uma série de desconfortos para o
paciente.
http://www.aacc.org.br/cancer-infantil |
Esse
retorno é estressante para as crianças com câncer por envolver aspectos
emocionais e questões relativas à aceitação social. Antes do trabalho
informativo a falta de esclarecimento sobre o câncer propiciou o
estabelecimento do mistério em torno da aparência física das crianças doentes
na escola, configurando um clima hostil e agressivo para elas. Essas
dificuldades vão desde o preconceito quanto á doença em si e medo irracional de
contágio por parte dos colegas, até a maneira com que o professor pode tratar
um paciente ou ex-paciente de câncer infantil dentro e fora da sala de aula.
As
faixas etárias pediátricas mais precoces (0 a 4 anos) são as mais propensas ao
desenvolvimento de câncer (Petrilli et al., 1997), com exceção de linfomas,
carcinomas e tumores ósseos, que predominam em crianças entre 10 e 14 anos. As
estatísticas da AACC de 2001 a 2007, mostram que 40% dos pacientes atendidos
está na faixa de 06 a 15 anos e portanto em idade escolar.
O que causa o câncer?
O que causa o câncer?
O
câncer pode ser causado por fatores externos (substâncias químicas, irradiação
e vírus) e internos (hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas).
O câncer é
hereditário?
Em
geral, o câncer não é hereditário. A criança não herda o câncer, mas
componentes genéticos a tornam predisposta à doença. São raros os casos em que
a doença é herdada, como o retinoblastoma, um tipo de câncer de olho que afeta
crianças.
O que causa o câncer?
O câncer pode ser causado por fatores externos (substâncias químicas,
irradiação e vírus) e internos (hormônios, condições imunológicas e mutações
genéticas).
O câncer é hereditário?
O câncer é hereditário?
Em geral, o câncer não é hereditário. A criança não herda o câncer, mas
componentes genéticos a tornam predisposta à doença. São raros os casos em que
a doença é herdada, como o retinoblastoma, um tipo de câncer de olho que afeta
crianças.
O câncer infantil é contagioso?
Não. Mesmo os casos de câncer causados por vírus não são contagiosos,
isto é, não passam de uma pessoa para outra, como um resfriado.
Quais as formas de apresentação da doença
É muito importante estar atento a algumas formas de apresentação dos
tumores da infância.
Nas leucemias, pela invasão da medula
óssea por células anormais, a criança se torna sucetível a infecções, fica
pálida, tem sangramento e sente dor óssea.
Na retinoblastoma, um sinal
importante de manifestação é o chamado ?reflexo do olho de gato?,
embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Pode se apresentar, também,
através da fotofobia ou estrabismo. Geralmente acomete crianças antes dos três
anos de idade.
Algumas vezes, os pais notam uma
massa no abdome, podendo tratar-se nesse caso, também de Wilms ou de
neuroblastoma.
Tumores sólidos podem se manifestar
pela formação de massa, podendo ser visível e causar dor nos membros, sintomas,
por exemplo, freqüente no osteossarcoma(tumor no osso em crescimento), mais
comum em adolescentes.
Tumor de sistema nervoso central tem
como sintomas dor de cabeça, vômitos, alterações motoras, alterações cognitivas
e paralisia de nervos.
Diagnóstico precoce: A melhor chance de cura
Diagnóstico precoce: A melhor chance de cura
É fundamental que, ao chegar a um ponto de saúde ou pediatra, a criança
possa ser atendia por profissionais capazes de identificar sintomas e
relacioná-los à possibilidade da ocorrência de alguma forma de câncer.
Por isso, torna-se cada vez mais crítica a capacitação de profissionais
de saúde para o diagnóstico de câncer infantil. Esse fator pode fazer toda a
diferença.
Informativo: http://www.aacc.org.br/cancer-infantil
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